Resposta popular às agresons ambientais

Publicado no número 8 do nosso jornal porta-voz nacional, o Combater.

No anterior número do nosso vozeiro analisávamos umha das ameaças ambientais que estava a sofrer o nosso país, como é o caso da mega-minaria, e relacionada com ela, os esforços do movimento ecologista por combater o efeito NIMBY, segundo o qual certa comunidade de pessoas se oponhem a um projeto, mas só porque lhes afeta ao mais próximo. Desde entom, recevemos o anuncio da paralizaçom do projeto de Corcoesto, mas também a nova advertência de que a empresa tentará conseguir o dinheiro necessário para a reanudaçom do mesmo, sem que, ademais, a Junta de Galiza retirasse a Declaraçom de Impato Ambiental favorável à mina.

Nom só empresas canadenses estám interessadas no nosso territorio, como no caso de Corcoesto, senom que também outras multinacionais, velhas conhecidas do ecologismo galego, conseguírom ou tentam conseguir o beneplácito da Junta para levar a cabo os seus projetos e arrasar até candidaturas a Patrimonio da Humanidade. É o caso dos aproveitamentos hidro-elétricos na Ribeira Sacra que se concedérom a Iberdrola e Gas Natural-Fenosa, que, de nom deter-se, vam implicar a construçom de centrais em caverna, lagos, instalaçom de tubagens de presom, linhas de evacuaçom e o depósito de milhons de toneladas de entulhos ao rio. E, todo isto, tendo em conta ademais que a cunca Minho-Sil é umha das mais sobre-exploradas da Europa, com mais de 100 aproveitamentos hidro-elétricos. E dizemos “velhas conhecidas”, já que o aproveitamento do rio vém dumha concesom dada no franquismo, no 1951, outorgada por 99 anos. Por se nom fosse pouco, existe também o projeto de ampliaçom da autovia A-76, que implicaria o desdobramento de dous a quatro carris no treito entre Ourense e Ponferrada (afetando, de novo, a Ribeira Sacra), quando a densidade de tráfico que existe a dia de hoje nom justifica tal obra, nem sequer a previsom deste para os vindeiros anos. Novamente, o despilfarro de dinheiro público em obras inecesárias para o lucro das empresas de turno é evidente.

Outra das luitas populares que decorreu no presente ano foi a oposiçom à tala das árbores do Malecom de Sarria. Esta tala, prevista como conseqüência do polémico projeto de encauzamento do rio e promovida pola Confederaçom Hidrográfica do Minho-Sil, co visto bom do Concelho, autorizou-se um dia depois de que os vizinhos de Sarria se manifestassem em contra da tala das árbores que constituem o pulmom da vila, numha manifestaçom convocada pola Plataforma Sarriana polo Rio. Ante o aviso da tala, forom muitos os vizinhos e vizinhas que se encadeárom às árbores para protegé-las, graças ao qual os operários que começaram a tala nom pudérom continuar. Um mês depois, a fins de março, aproveitando a baixa presença de ativistas defendendo as àrbores, os trabalhos volverom começar, contando ademais com umha alta presença de efetivos da Guardia Civil. As imagens tomadas recordam muito a conflitos meioambientais do passado, com a Guardia Civil zoupando nos ativistas. Finalmente, a tala foi denunciada ante as autoridades judiciais, que, baseando-se, entre outros, em informes e denuncias de organizaçons ecologistas ante distintos organismos, ordenarom detê-la; ratificando a decisom no mês de abril. Esta é mais umha mostra de que a mobilizaçom popular é o único jeito de mudar decisons firmes das administraçons, mas que o povo considera injustas.

Pensar globalmente, atuar localmente“, é umha das consignas do ecologismo galego, e que em Isca! compartimos. Assim, na atual situaçom que vive o nacionalismo, na que parece que estám em questom princípios elementais historicamente assumidos, desde Isca! apostamos por organizar mais povo em estruturas próprias e luitar desde aí contra as agressons que o nosso país sofre, desde o ámbito mais estritamente cultural até o ecológico.

Partíllao!

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