Bandeiras espanholas para agradecer solidariedade galega?

A Assembleia Comarcal de Galiza Nova no Baixo Minho enviou a seguinte nota de imprensa aos meios portugueses, sobre  a polémica arredor da atençom médica no norte do país luso e as mostras de “agradecimento”do povo de Valença:

Bandeiras espanholas para agradecer solidariedade galega?

Desde o passado 28 de Março @s utentes dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) de Valença, Melgaço, Arcos de Valdevez e Paredes de Coura estão encerrados, tendo causado notáveis problemas para a cidadania destes municípios portugueses. A cidadania de Valença tem acudido, a fim de encontrar um substituto do seu SAP, ao município galego de Tui, considerando-se bem atendid@s e manifestando o seu agradecimento repetidamente.

Nas tais mostras de agradecimento a Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Valença tem apelado para a exibição e colocação de bandeiras da Espanha em diversos contextos: nas casas, nas manifestações, etc. Desde a assembleia comarcal de Galiza Nova Baixo Minho consideramos isto uma mostra mais da continuação das “costas viradas” dos últimos séculos entre as populações portuguesa e galega, que em nada beneficia as sociedades das duas beiras do Minho. Bem ao contrário.

É já tempo de que a cidadania portuguesa saiba que a norte do Minho está a Galiza, nação historicamente emparentada com a portuguesa e culturalmente muito próxima ao ponto de falar-se o mesmo idioma. A Galiza é uma nação com gastronomia própria, com música própria, com indumentária tradicional própria, com língua própria, com história própria… que pouco têm a ver com a Espanha e que, chegado o caso, têm mais a ver com Portugal.

As sociedades a sul e norte do Rio Minho devem tomar consciência da proximidade que existe entre ambas e das possibilidades que desta proximidade se derivam. Por exemplo, e do mesmo modo que está a ocorrer na eurocidade Verín-Chaves, a gestão conjunta de determinados serviços públicos é possível e muito simples. Da perspectiva sanitária, nos dias de hoje, uma pessoa da Guarda (Galiza) há de deslocar-se mais de 40 quilómetros para chegar ao hospital que tem mais perto, o do Meixoeiro em Vigo. Uma pessoa de Melgaço ainda tem de se deslocar mais quilômetros para chegar ao hospital de Viana do Castelo. Seria bem mais lógico que existissem hospitais fronteiriços, em Tui ou Valença, por exemplo. Deste modo, o investimento público necessário podia repartir-se entre Portugal e a Galiza e merecia a pena do ponto de vista de uma população suficiente para ser necessária uma tal infra-estrutura. E o pessoal do hospital e os sinais poderiam estar em qualquer das duas variantes do galego-português, sem que o facto de se empregarem variedades diferentes a norte e sul do Minho devera supor em nenhum momento uma despesa maior por causas linguísticas.

Finalmente, apelamos à cidadania de Valença que está a manifestar, legitimamente, o seu descontentamento com as políticas do PS, para utilizarem as bandeiras da Galiza e não as da Espanha quando quiserem enviar qualquer mensagem ao que há a norte do Minho, que é a Galiza.

 

GALIZA NOVA – BAIXO MINHO

R/Manuel Lomba, 2 -1º
32780 A Guarda
645822003
galizanovabaixominho@hotmail.com

 

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